Não é de hoje que a sigla ESG (que em inglês significa Environmental, social and governance) tem provocado debates em empresas de diferentes setores e locais do mundo. A responsabilidade com o planeta e as pessoas, assim como a transparência das empresas, tornou-se mais importante do que nunca para as organizações. Os consumidores, dessa forma, passaram a priorizar instituições responsáveis, sustentáveis e com uma boa governança, o que fez com que algumas marcas crescessem e outras não.
Essas práticas afetam não somente a sociedade, mas o mercado financeiro em geral e por conta disso, muitos investidores estão apostando em organizações que atendam todos os pilares do ESG. Sabemos que a Automação Robótica de Processos (RPA) pode caminhar junto com essas práticas, mas de que forma?
A influência que o ESG tem nos investimentos é tão grande que atualmente existe um Índice que mede o desempenho médio dos ativos das empresas em relação ao compromisso que possuem com os três pilares, o chamado Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3). Alguns exemplos dessas ações são as políticas de administração transparente, práticas pensadas para o meio ambiente e ações de anticorrupção.
Uma das formas em que as organizações podem atuar para unir o processo de automação com as práticas é, por exemplo, atrelando aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) feitos pela ONU. Sabemos que o mercado digital foi responsável por 2% das emissões de gases de efeito estufa, segundo a Comissão Europeia de 2020. Uma maneira de melhorar esse quadro é investir em sistemas de automação para reduzir os gastos de energia e produção de resíduos, dessa forma se adequando ao ODS 13 (Climate Action).
O RPA também pode ser usado para gerar relatórios para auditorias. Além de evitarem o uso exagerado de papel físico ao priorizarem pelos relatórios automatizados e digitais, a utilização de RPA e Inteligência Artificial (IA) pelas instituições financeiras que preveem linhas de créditos a empresas e que utilizam diversos documentos para a comprovação do comprometimento destas com o ESG, acaba tornando o processo mais eficiente e ágil. Os dados podem ainda ser recolhidos pelas empresas com a ajuda de robôs de softwares.
Quando há a união da automação com a IA, as organizações podem se beneficiar da coleta e análise de uma grande quantidade de dados, que é feita de forma simultânea. Os robôs de softwares realizam esse papel repetitivo e mais intenso para que os profissionais fiquem focados na estratégia, análise, colocando em prática sua área de conhecimento. Isso resulta em menos erros e ótimos ambientes de trabalho e mais oportunidades de avanço profissional.
O investimento numa gestão de empresas automatizada garante que ela esteja organizada, seja mais transparente, tenha o entendimento dos dados e, dessa forma, possa pensar de forma estratégica em relação a sua cadeia de produção e adequar para que as práticas ESG estejam presentes em todos esses passos. Haverá mudanças positivas desde o contato com o consumidor, até a prestação de serviços, logística e entrega. A partir dos pontos listados é possível concluir que ESG e RPA podem sim andar lado a lado sendo de grande importância para as empresas e o planeta.
Fonte: TI Inside