No dia 21 de março, o governo federal comunicou a criação de diversas ações realizadas para incentivar o uso sustentável e a criação do biometano no Brasil. Além da inserção do biometano no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi) a proposta também integrou o metano no mercado de créditos de carbono, algo que ainda não tinha sido visto no mundo.
O Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, disse no evento feio no Palácio do Planalto que “a partir de hoje está criado, por portaria, o crédito de metano. O governo reconhece o crédito de metano como uma moeda verde, um ativo ambiental daqueles que tratarem o resíduo e conseguirem reduzir as emissões de metano”.
Segundo Leite, a iniciativa também garante que os produtores rurais e gestores de aterros sanitários virem provedores de combustível e energia renovável e limpa. Como passado na minuta da iniciativa, “valorizando os resíduos orgânicos, as energias renováveis e combustíveis limpos, o mercado de carbono e principalmente o setor privado, a inovação e o empreendedorismo têm tudo para fazer ainda mais pelo nosso meio ambiente”.
Metano x biometano
O metano (Ch4) é hoje considerado um dos principais gases causadores do efeito estufa, perdendo somente para o dióxido de carbono (CO2). O local onde é encontrado em maior quantidade é na agricultura e ele pode ser 80 vezes mais impactante para o aquecimento do que o CO2 se analisarmos os próximos 20 anos, segundo o estudo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep).
Por outro lado, o biometano acaba se tornando uma alternativa melhor se comparada com o metano.
Sua origem vem do biogás, produzido pela decomposição de materiais orgânicos. No país, o potencial em maior escala de biogás surge dos resíduos sólidos agrícolas, urbanos e efluentes e pode ser usado como combustível e para gerar energia elétrica, por exemplo.
Importância do investimento em ações sustentáveis
As ações do governo acontecem depois de uma pressão internacional sobre o que vem sendo feito pelo Brasil em relação ao meio ambiente. Essa atuação tem crescido depois da 26ª Conferência das Partes (COP 26) feita em novembro de 2021. Na conferência o Brasil afirmou que iria diminuir as emissões de metano em 30% até 2030.
Além do governo ter essa preocupação, as empresas privadas também percebem a importância de se preocupar com a agenda ESG (que traduzido o inglês ficaria práticas ambientais, sociais e de governança).
Pensando no aumento da procura por profissionais que entendam sobre a agenda e saibam como colocar em prática ações melhores para o mundo corporativo a EXAME Academy elevou o número de cursos sobre o assunto em sua plataforma. Lá é possível encontrar cursos livres e também MBAs, realizados em parceria com a Trevisan Escola de Negócios.
Fonte: Exame