Levantamento diz que companhias brasileiras apoiam adoção dos fatores ESG internacionais

Levantamento diz que companhias brasileiras apoiam adoção dos fatores ESG internacionais
Levantamento mostra que a maioria das grandes gestoras de recursos e das companhias listadas apoiam a adoção dos fatores internacionais sobre ESG.

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De acordo com um levantamento da Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE), em parceria com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), divulgado no dia 21 de junho, a maioria das grandes gestoras de recursos e das companhias listadas apoiam a adoção dos fatores internacionais sobre os temas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês). 

O estudo mostra que, do ponto de vista dos diretores das companhias abertas brasileiras, há prioridade para as considerações e informações que envolvem capital humano e segurança de dados. O relatório diz que: “Em 2021, cerca de 90% dos conselhos das empresas pesquisadas consideraram essas duas questões de sustentabilidade em seu processo de tomada de decisão. Dentre outras questões, as mudanças climáticas e a biodiversidade também receberam atenção da maioria do público conselhos de empresas em 2021”. 

O levantamento abordou, além do Brasil, outros 39 países e 13 jurisdições internacionais ou regionais. Tanto os investidores quanto as companhias alegaram preferência por parâmetros internacionais em vez de uma taxanomia local. 

Segundo o executivo da OCDE, as empresas já estão respondendo à demanda do mercado por um único padrão. “Os mercados são globais também para as companhias brasileiras”, disse.

Para a OCDE, a questão da transição climática é uma oportunidade de aumentar o  desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro, assim como a adoção de um único padrão internacional. 

Carmine di Noia, diretor da OCDE para assuntos financeiros e empresariais, disse no evento no Rio de Janeiro, nesta terça-feira, que “Além dos riscos relacionados ao clima, reguladores brasileiros devem considerar priorizar capital humano, segurança de dados, uso de água e biodiversidade”. 

O diretor da autarquia Alexandre Rangel, disse que, para a CVM, todas as questões da pauta ESG são de extrema importância e não se trata apenas de exigência do Estado. O regulador do mercado precisa garantir que o mercado tenha acesso a informações completas e precisas. “Precisamos dosar corretamente o remédio. O mundo inteiro está discutindo e avaliando as alternativas regulatórias”, afirmou.

Ainda, o levantamento da OCDE apontou que 70% das grandes assets apoiam a adoção de métricas de sustentabilidade. “É algo relevante que está sendo demandado pelo mercado. Não é algo imposto”, completou.

Fonte: Valor Econômico