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Estrutura das empresas precisa ser mudada após inclusão agenda ESG; entenda

Estrutura das empresas precisa ser mudada após inclusão agenda ESG; entenda
A agenda ESG (ações ambientais, sociais e de governança) quando incluída nos negócios deve alterar de maneira estrutural a empresa.

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A agenda ESG (ações ambientais, sociais e de governança) quando incluída nos negócios deve alterar a estrutura de tal empresa, de acordo com James Marins, criador do Instituto Legado, instituição que colabora para o avanço de resoluções voltadas para o desenvolvimento socioambiental no país.

Ele destacou durante o evento Viasoft Connect que “se você quer ter um comportamento ESG, você tem dois momentos para ter esse comportamento: da porta para dentro e da porta para fora. Não adianta você querer vender ESG da porta para fora se você não pratica ESG da porta para dentro“.

O conceito de ESG foi estruturado ainda em 2004, após reunião do Pacto Global das Organizações das Nações Unidas (ONU). Kofi Annan foi o responsável por trazer esta concepção e propagar a importância das instituições a seguirem também. 

Para Marins, “as novas gerações têm novas demandas. Portanto, o seu consumidor, o seu colaborador, o seu fornecedor, quando ele já vem de uma nova geração, ele tem novos interesses“. Ele ressalta, portanto, a necessidade de olhar para as novas gerações, investidores e clientes mais jovens.

Estar de olho no novo e nas necessidades atuais é um diferencial, conforme reforça Marins. “Dentre os seus colaboradores, quantos deles são negros? Quantas pessoas do sexo feminino estão em cargos de gestão da empresa? Qual é a acessibilidade da sua empresa? Quantos cadeirantes você emprega? Você emprega algum programador cego?“, finaliza.

Greenwashing ou “lavagem verde”

Apesar da popularização do termo muitas empresas acabam optando por enganar e ocultar a falta de investimentos ou as práticas que vão em desencontro com a agenda. Para essas ações existe o termo “Greenwashing” ou “lavagem verde” (quando voltado para causas ambientais). Já para as ações falsas voltadas para as pautas raciais e a de LGBTQIA+, é usado os termos blackwashing e pinkwashing, respectivamente.

Para Marins, o “departamento de marketing não pode ter nada a ver com ESG. Departamento de marketing pode bater palmas para o que está sendo feito, mas não pode determinar o que vai acontecer. ESG não é marketing, embora possa ser usado como marketing“.

Para essas empresas há ainda a possibilidade de existir punições para os atos que podem se encaminhar para uma questão judicial. “Grandes instituições perdendo dinheiro na bolsa por estarem divulgando balanços baseados em ESG, mas que, na verdade, estão escondendo a sua verdadeira prática“, reforça.

Um dos casos revisitados por James é o da empresa Volkswagen que enganou seus consumidores durante os anos 2017 e 2018 em relação aos testes de emissão de poluidores. O acontecimento levou a marca a receber uma multa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Fonte: Uol