É provável que os investimentos em automóveis elétricos e em energia sustentável aumentem consideravelmente, se tornando a maior parte das despesas com energia em 2022. No entanto, esse aumento não será o bastante para alterar a quantidade de emissões de carbono dos 30 anos que virão, como afirma a Agência Internacional de Energia (AIE).
A pretensão é que as despesas com energia limpa passem dos US$ 1,4 trilhão o que indicaria três quartos do total investido conforme comprova o estudo lançado atualmente. Foi a partir de 2020 que houve um aumento na taxa média levando a atingir 12%, sendo que nos cinco anos anteriores, após o acordo climático de Paris de 2015, a taxa chegou a 2%.
De acordo com Fatih Birol, diretor executivo da IEA, “o aumento é bom, mas não forte o suficiente para nos tirar da forte crise de energia que temos e nos preparar para um futuro climático melhor”.
Já a agência sediada em Paris afirma que “está bem aquém do que é necessário para atingir as metas climáticas internacionais. Sem um aumento maciço nos gastos com eficiência, eletrificação e fornecimento de baixo carbono, a crescente demanda global por serviços de energia simplesmente não será atendida de maneira sustentável”.
Ainda segundo a AIE, os investimentos em diferentes tipos de energia foram poucos nos últimos anos. Com os conflitos entre a Rússia e Ucrânia contribui para que os valores de gás e petróleo se elevassem, o que trouxe mais complicações para a situação.
Ainda que a taxa de investimento total em energia cresça 8% em 2022, parte desse valor será indicado pelos valores gastos com os suprimentos em falta, com a mão de obra e com os valores exorbitantes dos materiais.
Portanto, a energia limpa também terá valores maiores com o custo de turbinas eólicas, por exemplo, chegando a 10% a 20% quando comparada com 2020. O estudo da organização ainda trouxe a informação de que grande parte do aumento de investimento neste tipo de energia veio da China e de outros locais mais avançados.
Segundo Birol, “no resto do mundo, os investimentos em energia limpa estão mais ou menos estáveis desde 2015”. Em 2021, a China foi a que mais investiu em práticas “verdes” colocando mais US$ 380 bilhões de investimento. Já a União Europeia ficou em segunda posição neste ranking investindo US$ 260 bilhões e os EUA investindo US$ 215 bilhões, ficando na posição três.
Fonte: Money Times