Devido ao cenário negativo do mercado internacional, as emissões de títulos de dívida ESG reduziram em cerca de 82% na América do Sul quando analisado o mesmo período no ano passado.
O resultado dos títulos lançados na época foi de US$ 1,5 bilhão, uma diminuição de 72% em comparação com o primeiro trimestre de 2022. Já no primeiro semestre, os títulos chegaram a US$ 6,6 bilhões, o que indica a metade do lançado no mesmo período do ano passado. As informações foram levantadas pelo Bank of America (BofA).
Em 2021, sete empresas tiveram acesso ao mercado de títulos rotulados durante o segundo trimestre. Já em 2022 esse número caiu para três.
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Os profissionais da área destacam que somente três companhias chegaram ao mercado de títulos rotulados durante o segundo trimestre de 2022. Em 2021 esse número chegou a sete.
A instituição peruana Fondo Mivivienda obteve US$ 600 milhões com vencimento para 2027. Já a Aegea conseguiu US$ 500 milhões com data de vencimento para 2029 e Arcos Dorados, conhecida por ser a operadora da empresa McDonald’s na América Latina, obteve US$ 350 milhões.
Em todos os casos analisados houve a emissão de SLB (sustainability linked bonds), ferramenta de dívida ligada às intenções de sustentabilidade previamente definidas. Um prêmio é pago grande aos investidores se as metas não forem atingidas. Cerca de 43% das emissões da América do Sul do primeiro semestre deste ano vieram da SLB.
Durante a primeira fase do ano, o Brasil passou à frente com o título de maior emissor de títulos rotulados, chegando a 47% do geral feito na América do Sul. Logo em seguida está o México, que alcançou os 24%, e o Chile em terceiro com 16%. As áreas que tiveram mais emissão foram as de celulose, financeiro, papel e utilities.
Fonte: Valor econômico