Pela terceira vez, o Brasil foi visto como o país que mais direcionou instituições ao Pacto Global da ONU, organização que visa mostrar aos líderes a importância da sustentabilidade e de ações socioambientais para os negócios.
O CEO do Pacto Global da ONU Brasil, Carlo Pereira, revela que a agenda ESG obteve um saldo positivo em relação ao ano de 2022, ainda que seja necessário que o setor privado faça algumas melhorias. Em entrevista para NegNews ele revela que “a adesão ao Pacto Global mostra que as empresas estão buscando esse tema. O setor privado brasileiro tem se engajado mais“.
O número total de organizações que estão nessa rede, em todo o mundo, chega a 16 mil. Cerca de 1800 instituições brasileiras agiram de acordo com algum ponto do Pacto que está interligado aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
“Eu vejo um amadurecimento do tema“, diz o CEO. “Apesar do movimento anti-cíclico da economia, apesar da guerra, apesar da pandemia, o tema não foi abalado. Está cada vez mais forte“, destaca Pereira. Mesmo com as dificuldades ele percebe que existiu uma ampliação do assunto sustentabilidade e ESG.
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O que esperar para 2023?
Alguns desafios deverão ser superados no ano que chega, de acordo com o CEO. Um dos assuntos que precisam ser debatidos com mais frequência pelos líderes é a diminuição da desigualdade racial.
Segundo o especialista, o assunto e o movimento “Raça é prioridade” foi o que teve menos adesão das empresas no ano de 2022. O movimento tem como premissa a garantia da presença de pessoas diversas para cargos de chefia.
“Eu achei que teríamos mais empresas aderentes. Esse foi um tema que me decepcionou“, finaliza. Pereira ainda destacou ao NegNews o que pode ser alterado com o novo governo eleito e as principais preocupações globais para 2023.
Fonte: Época Negócios
Autor(a): Juliana Causin