Alguns anos atrás era ruim tratar de questões sociais e ambientais durante reuniões de conselhos administrativos de empresas. No entanto, atualmente os profissionais que não entram nestes tópicos ou não debatem sobre o assunto são mal vistos, de acordo com o CEO do Pacto Global da ONU, Carlo Pereira.
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A agenda ESG não é mais visualizada como uma pauta ativista e sim como um tópico que reduz riscos e cria melhores oportunidades para o futuro das empresas. Vemos ainda uma crescente inclusão dos assuntos em seu planejamento estratégico.
Um debate em comemoração ao Mês do ESG, criado pela EXAME, discorreu sobre a função das grandes instituições dentro da agenda. A SDG Pioneer pelo Pacto Global da ONU, Sonia Consiglio, mostrou dados que o assunto passou a ser mais recorrente entre os membros dos conselhos.
Posição estratégica
Para Sonia, “as empresas passaram a inserir o ESG no planejamento estratégico, até como uma forma de analisar os riscos, colocando uma lupa em como as decisões influenciam nas questões ambientais e sociais”.
Os assuntos passaram a ser mais considerados pelos líderes e gestores depois de observar que a falta de debate levou outras empresas a obterem uma péssima reputação e obterem queda nas ações. Ela destaca que “os próprios investidores passaram a pressionar”.
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Também houveram movimentações dos conselhos para obterem a visão de pessoas de outras áreas, tornando o debate mais rico e diverso. “As discussões têm novas dinâmicas à medida que pessoas com lugares de fala diferentes expõem seus pontos de vista”, destaca Consiglio.
Carlo Pereira detalhou alguns detalhes da iniciativa Ambição 2030, um projeto que conta com metas e indicadores do Pacto Global focadas no setor empresarial brasilerio. De acordo com CEO, “é o que acreditamos que as companhias precisam fazer para ajudar a formar uma sociedade mais íntegra, inclusiva e ambientalmente sustentável”.
Fonte: exame
Autor(a): André Barros