logo-rodape

Ação ESG busca transformar lixo eletrônico em renda para catadores de materiais

Ação ESG busca transformar lixo eletrônico em renda para catadores de materiais
Em um ano, mais de 8 toneladas de resíduos eletrônicos e recicláveis foram destinados pelo ICI para a Associar Recicle Mais.

Share This Post

Visando celebrar o Dia Mundial do Lixo Eletrônico e gerar renda para aproximadamente 100 membros da Associar Recicle Mais, uma cooperativa de catadores de material reciclável, o Instituto das Cidades Inteligentes (ICI) e o Programa Ecocidadão da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) da Prefeitura de Curitiba se uniram para promover uma ação ESG.

A medida ESG (voltado para o social, meio ambiente e governança) ocorre há cerca de um ano e seis meses e busca coletar e lidar adequadamente com o lixo eletrônico e materiais recicláveis do ICI. 

Segundo Alexsandra Vogado, da Coordenação Jurídica e Compliance do ICI, “a venda dos resíduos eletrônicos e recicláveis é a fonte de renda dos catadores cooperados. A coleta, separação e transporte desses resíduos são indispensáveis para a subsistência de várias famílias.”

LEIA MAIS: Dia da ONU: importância da organização para o ESG

Ainda destaca que “como gerador de resíduos e empresa consciente de seu compromisso com a sustentabilidade, estamos contribuindo de forma significativa para a cadeia produtiva da reciclagem juntamente com a questão social.”

Com a ação, cerca de 8 toneladas de lixo foram manuseadas. 2.737 kg correspondiam a lixo eletrônico. Em 2023, o número de materiais eletrônicos recolhidos foi de 154,5 kg ao mês.

Alexsandra Vogado ainda destaca que a medida e o manuseio do lixo oferece um crescimento da cultura da agenda ESG no Instituto e incentiva a sociedade a promover mudanças. “A importância da separação correta de resíduos, somada ao apoio à comunidade do Parolin, é uma das formas de engajar os colaboradores com os conceitos de ESG. O compromisso com o meio ambiente e com a comunidade é visto como um diferencial por colaboradores, fornecedores e clientes.”

Vale destacar que além da reciclagem destes materiais, a organização Associar Recicle Mais realiza um trabalho de venda dos produtos assim como realiza atividades sociais em conjunto com o Parolin. 

Para Marta Queiroz, presidente da cooperativa, “a parceria com o ICI é muito boa e produtiva para nós. A coleta de eletrônicos contribui muito para melhorar a renda dos associados.”

LEIA MAIS: Impacto da economia circular para os negócios

Reciclagem do e-lixo

Atuando como um dos tipos de lixo que mais cresce globalmente, o lixo eletrônico é classificado dessa forma quando o material em questão é uma impressora, smartphone, computador, teclado, mouse e cabos. Todos possuem como característica a dificuldade de decomposição dos elementos que o compõem, o que prejudica o meio ambiente. 

Alguns estudos da ONU revelam que em 2030 aproximadamente 29 milhões de toneladas de lixo eletrônico serão produzidos. Um outro levantamento da Plataforma para Aceleração da Economia Circular (Pace) revelou que o Brasil gera, todos os anos, 1,5 milhão de toneladas de lixo eletrônico.

Com a informação, o país é considerado o quinto do mundo que mais produz lixo eletrônico, sendo que somente 3% é levado ao local adequado. Com estes dados em mente, o Instituto também passou a atuar como coleta de e-lixo da cidade. 

Sendo assim, em toda primeira sexta-feira do mês os trabalhadores do ICI, do  Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e os cidadão da cidade possuem um local para jogar fora os lixos do tipo, na sede do bairro Cabral.

Por fim, Alexsandra Vogado destaca que “este modelo de parceria é fundamental para que as empresas colaborem com um ciclo sustentável, preservando os recursos naturais e promovendo melhorias na qualidade de vida de pessoas. Quanto maior a quantidade de parceiros, maior é a renda dos associados.

Fonte: ICI