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Agenda ESG continua sendo importante, apesar das adversidades

Agenda ESG continua sendo importante apesar das adversidades
Ainda que as empresas passem por adversidades, por influência de acontecimentos externos, a agenda ESG continua sendo importante.

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O mundo e as empresas globais têm enfrentado desafios consideráveis, desde as consequências da guerra de Rússia e Ucrânia, a crise de abastecimento e a alta inflacionária. Ainda que seja preciso resolver estes pontos, a agenda ESG ainda continua sendo importante para as instituições privadas.

O fato foi atestado pelo levantamento feito pela Consultoria EY. Foi preciso ouvir 500 empresas norte-americanas que atuam com receita superior a US$ 1,5 bilhão para chegar aos resultados.

Segundo o C-suite Insights: Sustainability and ESG Trends Index, a tríade é relevante para 87% dos altos executivos. Além disso, os líderes começaram a ver o esg como uma forma de ser transparente com os investidores. 

Também é uma maneira de atuar de acordo com as ações que os colaboradores pedem e, ao focar no ambiental, estão atuando da maneira que os consumidores exigem. Segundo o líder de ESG e Sustentabilidade na América Latina da EY, Ricardo Assumpção, “Essa percepção tem a ver com a maturidade dessa agenda. Ela deixa de ser desejável e passa a fazer parte da estratégia de negócios das companhias.”

Cerca de 87% das empresas ouvidas possuem ações direcionadas para a diminuição da pegada de carbono e possuem desejos de reduzir por completo as emissões nos anos seguintes. 

Outros 77% revelaram que a saúde e bem estar dos colaboradores é essencial para o sucesso das operações. Para 58% dos entrevistados falar de temas como salário justo e essencial.  

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Ricardo reforça que “é um reflexo do que está acontecendo no mercado de trabalho: não são apenas as empresas que escolhem os empregados. Eles também fazem uma seleção rigorosa sobre a companhia em que querem trabalhar. Especialmente as gerações mais novas.”

Outro ponto destacado é a diversidade e inclusão dentro das empresas, algo que 97% das empresas executadas se preocupam ao realizar estratégias sobre o tema. É válido pontuar que ainda há uma distância entre o que é divulgado pelas empresas com o que os investidores percebem das ações desempenhadas, como foi destacado pelo estudo anterior da EY. O levantamento nomeado “How can corporate reporting bridge the ESG trust gap”? informou que 78% dos investidores não visualizam os dados relacionados com a agenda a longo prazo das empresas que investem.

Para Assumpção, “a tendência dos últimos anos foi um incremento na coleta de dados para reporte, o que não quer dizer que esses dados estejam sendo utilizados ou divulgados.” 55% dos executivos das empresas destacadas pelos investidores afirmam detalhar todas as informações sobre as práticas. 

Como exemplo de informação de longo prazo podemos citar a forma como essa empresa mapeia e aplica as inovações que aparecem na cadeia de suprimento. 

 “As áreas de saneamento e agronegócios têm vários exemplos de inovações que não se disseminam, às vezes por falta de escala, às vezes por desconhecimento das empresas que estão no topo da cadeia”, diz o executivo. 

Ele ainda revela que “conhecer o que acontece em toda a cadeia de suprimento, e não apenas na sua empresa, é o próximo passo da agenda ESG”.

Atualmente a agenda ESG não é mais uma pauta apenas do marketing interno e sim uma preocupação para a presidência. Cerca de 81% dos entrevistados o tema é trabalhado por um CSO (ou chief of sustainability office) que reporta ao CEO.

Assumpção finaliza afirmando que “em 25% das empresas respondentes o reporte é ao setor de operações, 25%. E em 18% dos casos o reporte é para a área financeira.”

Fonte: Valor Econômico

Autor(a): Eliane Sobral