A Organização Mundial do Comércio (OMC) trouxe uma nova iniciativa de sustentabilidade e sobre comércio que foi incorporada pelo Brasil, de acordo com informação dada por Fernando Simas Magalhães, secretário-geral do Itamaraty. Segundo ele, “o Brasil continuará a se engajar plenamente nessas discussões”, disse o secretário. Para alguns observadores, isso ilustra como o “comércio está ficando verde’’.
A intenção do governo é demonstrar que o país se preocupa com os assuntos tratados, visto que internacionalmente os compradores estão preocupados em saber sobre a forma de produção brasileira. A visão sobre as ações ambientais e de sustentabilidade já é negativa em relação ao atual governo.
A introdução do Brasil acontece um ano após a criação da iniciativa que já possui 72 copatrocinadores de diversos países, como China, EUA e União e outros 27 países.
O grupo debate assuntos como: economia circular, comércio em serviços e bens ambientais, comércio e alteração climática e abastecimento sustentáveis. A ideia é unir as melhores ações e pensar em parcerias.
O Brasil tem a intenção de trazer o assunto “agricultura e sustentabilidade”, ainda que as alegações exacerbadas do presidente Jair Bolsonaro em relação à Amazônia dificultem esse processo. De acordo com os estudos do Greenpeace, baseados em informações do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), houve um aumento de 13% no desmatamento na Amazônia no começo de 2022, quando comparado com o mês anterior.
A conclusão é que o país precisa realizar muitos ajustes. É necessário que o Brasil aumente a discussão sobre o assunto entre o grupo OMC, mostrando áreas relevantes como a modernização e a produção sustentável da agricultura.
A intenção brasileira é desenvolver propostas utilizando o Acordo de Agricultura como base destacando quem possui matriz energética limpa ou o efeito dos subsídios agrícolas no ambiente.
O ponto é que muitos países acabam não adquirindo produtos de agricultura de locais com terra e clima certo e partem para o gasto de muito mais energia com países que trazem mais destruições ao meio ambiente. Diversos países não se desfazem de subsídios agrícolas e ainda se vendem como sustentáveis.
Durante os debates levantados pelo grupo, o Banco Mundial trouxe os preços de carbono, a Industrial Deep Descarbonization Initiative (IDDI) apresentou chances para os países em desenvolvimento em relação a descarbonização da indústria de manufatura e a Câmara de Comércio Internacional implementou novas ideias para reciclar mais lixo eletrônico.
Fonte: Valor Econômico