Não se limita mais às entidades e atores envolvidos com a causa da crise climática a cobrança por ações globais que tragam soluções sustentáveis para o uso e o descarte de plástico. O público em geral também se movimenta em relação ao tema.
Todos os anos, uma quantidade de até 37 milhões de toneladas de plástico chega aos oceanos. O número corresponde a cerca de 50kg de plástico por metro de costa, no mundo todo.
A questão se agrava quando observados os dados trazidos por um relatório elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). O documento “Da Poluição à Solução: Uma Análise Global sobre Lixo Marinho e Poluição Plástica” revela que, em pouco menos de 20 anos, este volume do chamado plástico marinho pode triplicar.
Grandes organizações estão se adaptando à ótica da sustentabilidade e têm atendido às demandas por meio de práticas ESG (ações ambientais, sociais e de governança).
Hoje, 76% dos consumidores esperam que as marcas se comprometam com o meio ambiente, segundo uma pesquisa da Gfk, empresa alemã de estudos de mercado.
Somado a isso, existe o fato econômico. De acordo com um estudo publicado na revista científica Marine Pollution Bulletin, os gastos dos efeitos negativos da poluição dos oceanos somam US$ 2,5 trilhões por ano.
Importância do ESG na redução do plástico marinho
O relatório do PNUMA salienta a necessidade de se agir coletivamente na redução do plástico marinho e na poluição dos oceanos, considerando as práticas ESG por parte das empresas e não só do setor público.
As grandes marcas e companhias deveriam ser as principais responsáveis em desenvolver e adotar, de maneira rápida e eficiente, alternativas sustentáveis para o uso e destinação do plástico.
Boas práticas empresariais efetivas
Os pesquisadores Bárbara Rani-Borges e Lucas Gonçalves Queiroz também listam o que consideram boas práticas empresariais efetivas, confira:
- Projetos de conscientização ambiental do público consumidor, visando minimizar o desperdício e o uso desenfreado de recursos;
- O reuso de materiais plásticos que atingem o ambiente marinho;
- A redução da dependência destes materiais, principalmente de plásticos de uso único;
- A adoção de outros materiais de origem renovável como alternativa aos plásticos convencionais, uma vez que estes tendem a ser menos persistentes e nocivos ao meio ambiente;
- Soluções para o descarte adequado destes materiais, seguindo os princípios regidos pelos modelos de economia verde e circular.
Fonte: Consumidor Moderno