É uma necessidade das instituições de capital aberto passarem as informações sobre as métricas ESG. Em casos onde não há adoção da agenda (voltada para as questões ambientais, sociais e governança) é preciso que haja a justificativa dos atos.
É preciso que o caminho para visualizar tais índices seja bem explicado e que as informações estejam disponíveis de forma on-line. A decisão vem da Resolução 59, divulgada em janeiro de 2023 pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A Comissão ainda revelou que temas como a sustentabilidade e o controle das alterações climáticas passaram a ser amplos e importantes de serem considerados por vários setores.
Dessa forma, por meio da Resolução 59 é possível obter um formulário que pode ser usado de referência para as ações socioambientais a serem aplicadas pelos emissores. Neste relatório ainda há a consideração dos ODS.
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Durante o período de 2020 a 2021 houve o lançamento de cerca de US$ 20 bilhões de títulos voltados para os projetos de tema socioambiental, conforme revelou o Banco Central. Nesse mesmo cenário é importante destacar que o Brasil contribui para a emissão de 1% dos títulos sustentáveis do planeta. O Chile é o segundo país da América do Sul a chegar neste feito.
De acordo com Daniel Maximilian Da Costa, fundador e principal executivo do Latin American Quality Insitute (LAQI) há uma chance das instituições conseguirem se justificar por não estarem seguindo a tríade e para os acontecimentos envolvendo o greenwashing, conhecidas como práticas falsas de sustentabilidade.
Ele finaliza afirmando que “tal possibilidade deve despertar atenção, visto que muitas informações poderão ser interpretadas e incorporadas como parte das ações ESG. Um exemplo é citar departamentos que não têm ligação com tais práticas. Além disso, é preciso analisar se tal visão não se configura como uma desculpa à não adoção dessas iniciativas, que representam a própria sustentabilidade da empresa”.
Fonte: Terra