A pandemia da Covid-19 e a guerra na Ucrânia afetaram significativamente a economia mundial. Segundo levantamento “CEO Outlook 2022” da empresa KPMG cerca de oito em cada dez executivos das instituições visualizam uma recessão no próximo ano e metade acredita que será passageira e moderada.
No entanto, essas perspectivas têm provocado redução das atividades ESG (metas ambientais, sociais e de governança). O levantamento, que levou em consideração a opinião de 1.325 CEOs globais de 11 setores diferentes, buscou entender as perspectivas sobre a situação econômica nos próximos 3 anos.
Com a análise foi possível entender que metade dos CEOs está cessando as ações ESG ou pensando em pausá-la. 34% dos CEOs já fizeram isso. Na visão de Jane Lawrie, líder de assuntos corporativos da KPMG, o estudo demonstra a força da agenda para os negócios e como ela tem uma influência na resiliência financeira, nas expectativas das partes envolvidas e na expansão da empresa.
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“À medida que os CEOs tomam medidas para proteger seus negócios de uma recessão iminente, os esforços ESG estão sob crescente pressão financeira”, revela Lawrie.
O levantamento também trouxe essa relevância principalmente quando vemos o impacto que ele tem na questão financeira da empresa. 69% dos CEOs viram que o pedido por relatórios de ESG aumentou. Em 2021 esse número chegava a 58%.
45% deles entendem que o crescimento em ESG eleva a questão financeira corporativa. No ano passado apenas 37% achava o mesmo.
Os entrevistados entendem as consequências de não seguir o planejamento da agenda. As grandes aflições estão na falta de captação de recursos, estar abaixo de outras empresas e na perda de clientes.
María Dolores Dancausa, CEO do espanhol Bankinter, destacou que “o setor financeiro deve andar de mãos dadas com empresas que estão se transformando em modelos de negócios mais descarbonizados. Além disso, deve desempenhar um papel que vai muito além de apenas financiar os setores mais verdes”.
Fonte: Veja
Autor(a): Jennifer Ann Thomas