Em evento realizado na última quinta-feira (28), pela empresa de energia Enel e a consultoria Delloite, Gustavo Montezano, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), disse que a transição energética, atualmente, é questão transversal de todas as áreas da instituição e listou as iniciativas verdes de sua gestão.
“O tema de transição energética, hoje no BNDES, não é mais departamental, é um tema de toda a instituição. Todo e qualquer departamento do BNDES em qualquer área de atividade, seja para rodovias, portos, estradas, exportações, indústria, agropecuária, toda a nossa agenda passa por transição energética, aprender de clima e mensurar os impactos dos nossos financiamentos e projetos“, disse Montezano.
O presidente do BNDES afirmou que a transição energética é “tendência irreversível” e deve ser encarada pelos setores público e privado brasileiros como “oportunidade”.
“É uma grande oportunidade, uma grande vantagem competitiva para o nosso país. E é exatamente por isso que o tema da transição energética, geração de energia limpa está no coração da nossa estratégia“, disse o executivo.
Em continuação, Montezano disse que “o Brasil tem todas as condições de liderar essa corrida tecnológica porque é, efetivamente, uma corrida tecnológica. A gente vai criar, aqui, um novo mercado, novos atributos, precificando novos ativos, e, para isso, precisamos aprender sobre clima, energia verde e novas fontes de geração de energia“.
Segundo lista com iniciativas do banco que englobam essa agenda estão: o financiamento pioneiro a projetos relacionados ao mercado livre de energia; o FG Energia, fundo garantidor para empréstimos de pequenas e médias empresas voltados a investimentos em transição energética; além da chamada pública para compra de créditos de carbono.
“O BNDES é um dos três maiores financiadores de energia limpa do mundo e o maior estruturador de concessões ambientais do planeta. A gente tem quase 13 milhões de hectares sob gestão no nosso portfólio, de parques nacionais, estaduais e florestas de manejo sustentável. Temos toda uma agenda de transformação do setor energético brasileiro, seja pela desestatização das empresas ou distribuidoras, seja pela renovação e fortalecimento da energia nuclear“, completou o presidente do banco.
Fonte: Valor Econômico