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Promovido pelo Pacto Global da ONU, evento debate corrupção no setor privado

Promovido pelo Pacto Global da ONU, evento debate corrução no setor privado
Além dos painéis, foram discutidos temas como lobby, recuperação de ativos perdidos para corrupção e uso de tecnologias no combate à corrupção

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Nos dias 28 e 29 de junho, o Pacto Global da ONU no Brasil organiza o Policy Dialogues (em tradução, Diálogos de Política) com o objetivo de gerar diálogos entre os setores público, privado, a academia e a sociedade civil na luta contra a corrupção e na aprovação de legislações sobre o tema – visto que a corrupção e crises econômicas afetam a estabilidade sociopolítica e dificultam a implementação da Agenda 2030 e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). 

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O evento está vinculado a outras atividades do Pacto Global visando o desenvolvimento das ideias para a Convenção das Nações Unidas de Combate à Corrupção, que completará 20 anos em 2023, além de discutir os 10 anos da Lei Anticorrupção. 

Diálogos de Alto Nível

O 1º painel, Painel Diálogos de Alto Nível, contou com a participação da secretária-executiva da Controladoria-Geral da União (CGU), Vânia Lúcia Ribeiro Vieira, do diretor da Cepal, Carlos Mussi, e Edson Garutti, coordenador-geral de articulação institucional do Ministério da Justiça (MJSP). Foi falado sobre os avanços do Brasil e a colaboração do país com seus vizinhos latino-americanos na luta contra a corrupção e pela integridade, além de discutir os marcos deste ano como os 20 anos da CGU e da Estratégia Nacional de Combate a Corrupção e Lavagem de Dinheiro (ENCCLA) – assim como os dez anos da Lei Anticorrupção e da Lei de Conflito de Interesse. 

Já o segundo painel, Diálogos de Alto Nível: Soluções Coletivas, contou com o lançamento do Guia Anticorrupção da Agroindústria em espanhol. Também foram discutidas ações coletivas anticorrupção com a presença de representantes das empresas ADM, Amaggi,  BASF, MAPA e MRV. O CEO da MRV, Eduardo Fischer, ressaltou que os jovens não querem permanecer em empresas que não são íntegras. Para ele, o desafio principal das empresas é manter uma cadeia de valor treinada em integridade. Segundo Fischer, para trabalhar efetivamente na área é necessário envolver a prevenção da corrupção. 

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Camila Valverde, do Pacto Global, e Eduardo Fischer, da MRV: compromisso assinado (Pacto Global/Divulgação)

Assinatura do movimento de Transparência

O painel ainda destacou as ações coletivas anticorrupção moderadas pelo Pacto Global da ONU no Brasil enquanto ferramenta eficiente de combate à corrupção. No final do evento, a MRV assinou simbolicamente o Movimento Transparência 100%, como empresa embaixadora. À tarde, quatro workshops discutiram como país pode avançar em assuntos de proteção ao denunciante de boa fé, lobby, recuperação de ativos perdidos para corrupção e uso de tecnologias no combate à corrupção

Fernanda Bastos

Repórter de ESGGraduada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, entrou na EXAME como trainee do programa Imersão EXAME em 2022 e hoje atua como Repórter de ESG. Atuou também nas áreas de assessoria de imprensa e social media

Fonte: Exame

Autor(a): Fernanda Bastos