A agenda ESG trouxe mudanças que precisam ser visualizadas e trabalhadas, visto que, se não observadas, podem trazer o efeito contrário as empresas. Com a popularização do tema é comum que as empresas se sintam pressionadas em aplicar as ações de forma rápida.
É fácil entender porque a “agenda verde” é buscada com tanta rapidez para ser incorporada nas empresas, ainda mais quando estudado o impacto que as emissões de CO2 provocam no meio ambiente.
Ainda assim, é preciso que haja um estudo da melhor aplicação dessas ações para que consequências negativas não apareçam. Como exemplo vale citar a situação da Guerra da Ucrânia que reforçou a dependência que muitos países possuíam com a Rússia e o petróleo. Toda essa ligação impactou a economia e aumentou a inflação e trouxe prejuízos para a população mais pobre. Vale destacar portanto que essa é uma das consequências quando a tríade ambiental é favorecida e que pode trazer mudanças para a questão social.
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Outra questão em debate está relacionada com as instituições que incluíram ações muito duras para os fornecedores e colaboradores, e caso sejam de pequeno porte tendem a sofrer com estas ações. O aconselhável seria se as mudanças acontecessem gradualmente.
O mesmo cuidado deve ser dado para as ações sociais. Atuar exageradamente com tais pautas pode compromissar a cultura organizacional das instituições e afetar o senso de pertencimento. Uma divulgação voltada apenas para a diversidade pode causar a reação contrária do que esperado.
Ao aplicar as atividades voltadas para a sustentabilidade é preciso olhar para a questão da governança principalmente sobre as empresas que garantem capital de risco para as instituições. Nos casos em que as instituições prefiram as questões sociais e ambientais ao ponto de atrapalhar os acionistas e credores, é capaz de não acontecer financiamentos para as ações da empresa, por exemplo.
Atuar de forma equilibrada com todas as siglas da tríade é a resposta para uma boa aplicação. As ações devem andar em conjunto e o assunto deve ser tratado da racional possível.
Fonte: Carta Capital