É comum que entre os três pilares da agenda ESG a governança corporativa seja a menos considerada e aplicada, seja pela falta de conhecimento sobre a sua importância ou pela alta valorização das questões ambientais e sociais. É relevante que o “G” da sigla não seja deixado de lado.
A governança corporativa pode ser definida como as ações e políticas que uma instituição aplica para organizar internamente o seu negócio. Dessa forma, ela é o que sustenta os dois pilares e deve ser trabalhada com a mesma seriedade que as demais.
Por dentro do conceito
A governança corporativa está diretamente ligada à responsabilidade e a transparência de uma empresa, uma vez que a atuação de gestores e a ação que a empresa, como um todo, pratica vai determinar a forma como se organizam internamente e tratam as questões que são relevantes para o mercado.
É uma maneira de controlar o interno, sempre levando em consideração as leis vigentes, a ética e as ações morais.
Historicamente, o termo surgiu em 1990 quando casos de escândalos contábeis passaram a ser conhecidos por todos e códigos de boas práticas começaram a ser criados a fim de que esta situação fosse alterada.
Em 1992, na Inglaterra, houve a criação do primeiro código de boas práticas de governança corporativa, o Relatório Cadbury. No Brasil, um movimento parecido ocorreu durante a época de 1990 com a movimentação desse novo mercado e a criação dos código estrangeiros.
Em 1995 seria instituído o Instituto Brasileiro de Conselheiros de Administração (IBCA) que logo seria conhecido como Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).
Sua atuação é importante para a criação de parâmetros a serem seguidos, promovendo a transparência e justiça. No entanto, outras temáticas, como a corrupção, motivaram a criação desta nova forma de pensamento das empresas brasileiras.
Com o passar dos anos a governança ganhou mais prestígio, principalmente devido a valorização das medidas por parte dos investidores.
O conceito apenas seria definido da forma que conhecemos hoje em 2013, após Alexandre Di Miceli da Silveira realizá-lo. Com o tempo haveria o levantamento de quatro princípios que o norteiam: transparência, equidade, responsabilidade e accountability (prestação de contas).
Alguns exemplos práticos de governança são:
- Investir no Conselho Administrativo e entender sua importância para o desenvolvimento dos resultados;
- Implementação de práticas anticorrupção;
- Oferecimento de canais denúncia.
Benefícios a longo prazo
Com as definições é possível visualizar as vantagens que traria para a empresa em questão. O principal segue sendo o benefício reputacional, encontrado com a inclusão de todas as siglas da agenda.
Isto significa que os investidores, consumidores, colaboradores, parceiros e todos os stakeholders (pessoas e grupos que podem ter interesse nos resultados de uma empresa) terão uma visão positiva sobre a mesma, o que a destaca no mercado.
Outra grande vantagem é a redução de riscos, tanto financeiros como legais. A aplicação adequada das políticas e o seguimento à risca das legislações que a influenciam reduz as chances de falhas, multas ou complicações na Justiça.
Por fim, é possível perceber uma melhora no enfrentamento de crises, a redução de custo de capital e maior visibilidade no mercado.
Como começar a aplicar?
O processo para inserção de qualquer um dos pontos da tríade, especialmente a governança corporativa, se inicia na investigação da situação atual da empresa, também conhecida como a fase de diagnóstico. O momento é importante para o entendimento das questões a serem melhoradas, as oportunidades e os desafios.
A segunda etapa costuma ser a do plano de ação, onde são estipulados os KPIs, metas para medir e avaliar o desempenho ESG a curto, médio e longo prazo. O engajamento é a terceira fase, onde as ações serão comunicadas a todos para que seja criado um senso de propósito de toda a organização. A comunicação é a última parte da adoção das medidas.
É possível contar com a atuação do Práticas ESG, que devido seus conhecimentos sobre a agenda e assuntos relacionados (como a ODS) conseguirão auxiliar os clientes durante a aplicação da tríade. O estudo personalizado é fundamental para alinhar as prioridades e metas da empresa com o que propõe a tríade.
Conheça mais sobre a atuação da equipe e tire suas dúvidas através do site.